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Sucesso nas redes sociais e nos palcos, Felipe Ferreira faz graça com sua vivência na Pavuna

 Era carnaval, fim de bloquinho nas ruas da Pavuna, na Zona Norte do Rio, e um morador reconheceu aquele folião, que faz sucesso nas redes e em shows pela cidade. 

Resolveu brincar com a celebridade do bairro: “Aí, Felipe, se esconde que tem polícia, hein”. Feliz por ter sido identificado no meio da multidão, Felipe respondeu: “Valeu, tamo junto!”. Mas ele não contava que, ao lado dele, houvesse mesmo um PM, que não estava por dentro da história: “Vai se esconder por quê?”, questionou o policial. “O senhor acredita que era uma piada?”, tentou explicar Felipe, mas o agente não achou graça e disse: “Então, ri com a mão na parede”.

A situação foi real e, como tantas outras que aconteceram com o comediante Felipe Ferreira, de 26 anos, acabou entrando para o roteiro de seus shows de comédia de stand-up. O morador da Pavuna, que tem bombado na internet e nos palcos, recorre à sua vivência de jovem negro e morador do subúrbio carioca para fazer graça com acontecimentos do dia a dia.

As “duras” da polícia, as enchentes do Rio Pavuna, que a cada chuva tranformam o bairro na “Veneza carioca”, como brinca; os perrengues passados por passageiros das poucas linhas de ônibus que fazem a ligação do bairro com o restante da cidade; a violência e as inúmeras barricadas postas nas ruas pelos bandidos (“elas são em maior número do que a população da Pavuna”, brinca num vídeo), fazendo os motoristas de aplicativo recusarem viagens até sua casa, viram histórias contadas com muito bom humor, para deleite das plateias.

Gosto de falar de assuntos que gerem constrangimento e reflexão. Vale lembrar que no palco sou o comediante. Mas, quando desço dele, sou o jovem negro que mora no subúrbio. Seria bom se os problemas acabassem. Eu falaria de outros temas — diz, sério.

Felipe acha que as plateias de moradores do subúrbio veem graça em suas histórias porque se identificam com as situações contadas por ele. Já as da Zona Sul, muitas vezes riem por acharem que os casos, de tão absurdos, não podem ser reais.

O caso do professor de Muay Thai Matheus de Castro Justo, que empurrou até Belford Roxo, na Baixada, um carro que enguiçou na Ponte Rio-Niterói, faz parte das situações que se transformam em piada de tão inacreditáveis. Essa ele não buscou na vizinhança, mas na internet.

O público ri por achar impossível ser verdade.

Felipe passou a se dedicar ao humor em 2020. A mãe do rapaz, que antes de se tornar comediante trabalhava com o pai num depósito de gelo, não achou engraçado quando o filho disse que tentaria viver de piada. Hoje, ela se orgulha de vê-lo se apresentando ao lado de nomes como Hélio de la Peña, Rodrigo Marques, Yuri Marçal e Thiago Ventura, que eram apenas as referências para o filho. Com mais de 1 milhão de seguidores nas redes sociais (Instagram, TikTok e YouTube), o jovem humorista se orgulha de ter vídeos com mais de 6 milhões de visualizações. E o sucesso não é só virtual: são de dez a 12 shows presenciais por mês.

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Os ganhos variam de acordo com o bairro do show e a arrecadação da bilheteria, e, apesar do grande número de seguidores, nem todas as plataformas o remuneram. Mas, se o “faz-me rir” ainda não o fez rico, ele pode dizer que já vive da comédia. Por isso, anda rindo à toa.

 Redação: Radio e Jornal A Voz do Povo.

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Direção: Jornalista Marcio Carvalho.

   

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