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Profissionais da educação de Nova Iguaçu mantêm greve.

 Os profissionais da educação da rede municipal de Nova Iguaçu vão manter a greve nesta terça-feira, 15. 

A greve foi definida pela categoria em assembleia na semana passada depois de dois dias de paralisação. Os profissionais solicitam negociação com o prefeito Rogério Lisboa (PP) pelo reajuste salarial. Na semana passada, chegaram a fazer manifestações na sede da prefeitura e na porta da casa do prefeito. Nesta segunda-feira, um grupo de servidores protestou novamente na sede da prefeitura, mas não foram recebidos para negociar as demandas.


Segundo a diretora do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação) de Nova Iguaçu, Naira Fois, a expectativa é que a greve dure até que seja possível uma negociação com a prefeitura:

Nosso empenho todo é ser atendido pelo prefeito, porque quem pode negociar a questão salarial é o prefeito. A categoria quer voltar logo para o seu trabalho, só que depende dessa negociação — afirma.

A categoria inclui professores, agentes de desenvolvimento infantil e funcionários administrativos. A principal reivindicação é em relação ao reajuste salarial. Segundo o sindicato, com o reajuste oferecido pela prefeitura, de 6%, professores do município chegam a receber abaixo do piso salarial nacional, e agentes de desenvolvimento infantil, que trabalham nas creches, recebem abaixo do salário mínimo.


— As demandas são a recomposição das perdas salariais para o conjunto dos servidores, que hoje chega a 20%, incorporação do abono Fundeb, reajuste do auxílio transporte, correção do vencimento dos agentes de desenvolvimento infantil e as condições de trabalho e atendimento aos alunos, que inclui a própria estrutura física de escolas e material escolar. Uma outra falta muito grande de profissionais é de intérprete de Libras (língua brasileira de sinais) também — diz a diretora do sindicato.

Os profissionais também solicitam a realização de concurso público para a educação. Nesta segunda-feira, escolas do município ficaram sem aulas por causa da greve. O sindicato calcula que a adesão foi de 70% dos profissionais. Nesta tarde, porém, algumas escolas, tiveram aula normalmente, como a Escola Municipal Professora Izabel dos S. Soares Mello, no Caoze, e a Escola Municipal Heitor Dantas, no Moquetá.


Segundo a diretora do sindicato, Naira Fois, um calendário de reposição de aulas será discutido e proposto à secretaria de educaçao logo após o fim da greve:

— Sempre quando a gente encerra greve a reposição é um dos primeiros pontos que a gente negocia com o governo. Os alunos não ficam sem. É um compromisso dos profissionais da educação, desde que o prefeito não corte salário.

A prefeitura de Nova Iguaçu ainda não respondeu sobre a greve dos professores iniciada nesta segunda-feira.

Veja a íntegra da nota sobre o andamento da negociação com a categoria, enviada na última sexta-feira, após o anúncio da greve:

A Prefeitura de Nova Iguaçu esclarece que sempre esteve e está aberta ao diálogo com representantes dos servidores públicos do município. Uma mesa de negociação formada por representantes de várias categorias, pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Nova Iguaçu e Mesquita (Sindsmuni) e secretários municipais, reuniu-se em duas ocasiões, nos dias 24 de novembro e 16 de dezembro, sendo que em uma delas o prefeito Rogerio Lisboa esteve presente para demonstrar a situação do município e discutir o reajuste salarial dos servidores ativos e inativos.


O reajuste aprovado essa semana pela Câmara Municipal e já sancionado pelo Prefeito já será aplicado no próximo pagamento que acontecerá em 28 de fevereiro e retroativo a 1º de janeiro de 2022. Como determina a lei, o reajuste deve ser aplicado igualmente a todos os servidores ativos e inativos, não havendo distinção de categoria.

Vale ressaltar que um representante dos professores esteve presente em apenas uma dessas reuniões. Na manifestação ocorrida na quarta-feira passada (9), em frente à Prefeitura, o secretário de Administração quis atender os representantes do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (SEPE), mas eles não aceitaram o diálogo.


Redação: Radio e Jornal A Voz do Povo.
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Direção: Jornalista Marcio Carvalho.

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