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Com cancelamento do carnaval de rua, só restou o desfiles na Sapucaí, confiram.

 É o segundo ano seguido sem blocos devido à pandemia. Paes disse que propôs alternativa para ter 3 locais com eventos onde pudesse haver controle de entrada e de medidas contra a Covid, mas que proposta não foi bem aceita: 'Ficaram de fazer uma contraproposta'.

A Prefeitura do Rio decidiu nesta terça-feira (4) que a cidade não terá carnaval de rua pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia. Os desfiles de escolas de samba na Sapucaí estão mantidos, segundo o prefeito Eduardo Paes.

O prefeito explicou que, para ter blocos de rua, é preciso organizar com muita antecedência e voltou a citar que havia uma cobrança do patrocinador, que investiria quase R$ 40 milhões, para uma definição. Com o cenário da pandemia hoje, com aumento de casos e transmissão comunitária da ômicron, a prefeitura se viu obrigada a cancelar, disse Paes.

Paes se reuniu nesta terça com Rita Fernandes, presidente da Sebastiana, e outras nove ligas de blocos, para informar do cancelamento. Ao todo, mais de 400 blocos estavam representados no encontro com o prefeito.

Na semana passada, a Banda de Ipanema já havia anunciado que não desfilaria neste ano devido ao recrudescimento do número de casos.

Proposta por eventos alternativos

Paes disse que propôs ao patrocinador e aos blocos a organização de eventos ao longo de fevereiro, de graça, com os principais blocos, em três lugares da cidade onde pudesse haver controle, como o Parque Olímpico e o Parque de Madureira. O prefeito disse que a proposta não foi bem aceita porque os blocos têm uma relação com seus bairros e regiões, entre outras razões.

"Eles ficaram de fazer uma contraproposta", explicou.

Em entrevista à GloboNews, Rita Fernandes disse que a decisão do prefeito foi bem aceita pelos blocos, apesar da "tristeza" de todos, e que muitos pensarão em alternativas para apresentações em ambientes mais controlados.

"Os eventos estão liberados, desde que a gente tenha a responsabilidade de testar as pessoas e de exigir o comprovante das duas doses", explicou.

Rodrigo Rezende, presidente da Liga Amigos do Zé Pereira, também confirmou que os blocos vão pensar em alternativas para marcar o carnaval sem desfiles. Rezende disse que já esperava pela proibição.

Carnaval na Sapucaí confirmado

Na reunião desta terça, o prefeito do Rio confirmou que o carnaval das escolas de samba no Sambódromo está confirmado em 2022.

"O carnaval de rua é diferente do carnaval do sambódromo. O carnaval de rua demanda um planejamento maior, são quase 500 blocos e o tempo é apertado para a tomada de decisões. Na Sapucaí, teremos o carnaval porque lá é mais fácil de fazer um controle de entrada", explicou Eduardo Paes.

Indicadores

O g1 mostrou, pela manhã, que a capital fluminense só alcança 2 de 5 indicadores para a realização de um carnaval seguro.

O índice foi criado por Roberto Medronho (UFRJ) e Hermano Castro (Fiocruz), em outubro.

Patrocinadores do carnaval de rua do Rio cobraram nesta segunda-feira (3) um posicionamento do prefeito do Rio, Eduardo Paes, sobre a realização da folia.

Os patrocinadores investiriam cerca de R$ 40 milhões na infraestrutura da festa, usados, por exemplo, na instalação de banheiros químicos. De acordo com o colunista do Globo Ancelmo Gois, um deles escreveu ao prefeito que "a saúde das pessoas deve vir em primeiro lugar".

No dia 21 de dezembro, o comitê científico da Prefeitura do Rio tinha dito que, nas condições daquela data, era possível manter o carnaval. Um dia depois, o prefeito ressaltou que o posicionamento do comitê dizia respeito ao momento em que foi divulgado.

"Esclarecimento: a manifestação do comitê científico de ontem [terça-feira (21)] diz respeito ao momento atual. Faltam 2 meses e meio para o carnaval. E, como já disse, vamos ter que diferenciar as diferentes formas de celebração. Estádio do samba (Sapucaí) permite controles. Na rua é mais difícil", afirmou o prefeito no Twiiter, no dia 22.

Desde então o Rio viveu uma alta de novos casos de Covid - atribuída a chegada da variante Ômicron.


Niterói e Marica sem carnaval de rua

As prefeituras de Niterói e Marica, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, também anunciaram nesta terça-feira (4) que não vão autorizar os desfiles de blocos de rua em seus municípios.

Na cidade de Niterói, o poder público também vai proibir a realização das festas de carnaval em clubes. Segundo o comunicado desta terça, a prefeitura só vai autorizar os desfiles de escolas de samba na Rua da Conceição, no Centro.

Ainda assim, os foliões terão que apresentar o passaporte da vacina e deverão usar máscaras para entrarem nas arquibancadas. De acordo com a Prefeitura de Niterói, as medidas poderão ficar mais rígidas em caso de avanço da doença.

"Vamos seguir acompanhando a situação da pandemia na cidade e na Região Metropolitana ao longo das próximas semanas, podendo restringir, inclusive, o desfile das escolas da rua da Conceição", dizia um trecho da nota divulgada pela Prefeitura de Niterói.

No município de Maricá, a programação oficial do Carnaval de 2022 foi completamente suspensa.

"Estamos bem próximos do nosso objetivo e queremos garantir a segurança de todos. A saúde da população é prioridade", disse, em nota, o prefeito Fabiano Horta.


Entidades apoiam decisão de Paes

Entidades se manifestaram a favor da decisão de Paes de cancelar a folia nas ruas.

A Associação Comercial do Rio de Janeiro disse que a aglomeração causada pelos blocos de rua certamente representará um imenso risco de contaminação à população. E que a decisão do prefeito de manter os desfiles na Sapucaí, seguindo os protocolos de segurança, foi sábia.

"Dentro do que é possível realizar, seguindo todos os protocolos de segurança, o prefeito optou sabidamente por manter os desfiles das Escolas de Samba, que são a maior atração da cidade neste período e que podem ser realizados em ambiente controlado".

“(...) Ressaltamos ser fundamental o entendimento de que ainda estamos debaixo de uma pandemia com uma nova cepa, a Ômicron, o que demanda muita cautela e prudência”, diz um trecho da nota enviada pela associação.


Já Alfredo Lopes, presidente do HotéisRIO, disse que a decisão já era esperada.


“Acho que é prudente e necessário, e nós precisamos respeitar o que manda a ciência”, disse.


Lopes falou ainda que, em 2021, mesmo com o cancelamento, os hotéis continuaram cheios.


“(...) O ano passado que nós tivemos um Carnaval sem nenhum Carnaval o Rio de Janeiro teve 80% de taxa de ocupação dos hotéis. Ou seja, as pessoas vieram aqui em família, buscando o que a cidade tem. Vieram pela cidade, pelo entretenimento, pontos turísticos”.

Redação: Radio e Jornal A Voz do Povo.
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Direção: Jornalista Marcio Carvalho.

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