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O uso do smartphone ao volante pode ser a causa do aumento de acidentes no trânsito da baixada, confiram.


O uso do smartphone ao volante já é a terceira causa de mortes no trânsito no país. O levantamento é da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABramet). A prática perigosa só mata menos nas ruas e estradas do Brasil do que dirigir acima da velocidade permitida ou embriagado. Esse é o nosso tema de hoje da série sobre segurança no mês do Maio Amarelo.
Para o motorista, pode parecer inofensivo teclar no telefone enquanto dirige. Porém, estudos científicos internacionais mostram que um condutor, ao usar o smartphone para escrever mensagens, pode andar de seis a oito segundos com seu carro sem prestar atenção ao trânsito.
Dependendo da velocidade, o motorista distraído pode percorrer até 100 metros totalmente desligado do tráfego. Tempo suficiente para atropelar pedestres, atingir ciclistas e motociclistas ou mesmo colidir com outros veículos.

Nosso Jornalista andou com uma câmera acoplada ao capacete nas ruas de algumas cidades da baixada fluminense, e o resultado foi assustador, em alguns municípios.

De segunda a sexta feira a media foi de cada 10 veículos 4 utilizavam o celular no volante.
Nos fins de semana e feriados, de cada 10 veículos 7 utilizavam o celular no volante.
Nossa equpe flagrou condutores utilizando celular de frente a guardas no centro de Nova Iguaçu e Belford Roxo.

Algo que foi notado entre os condutores flagrados usando celular ao volante, 30 % eram mulheres e 70% homens, mostrando que realmente as mulheres são mais cautelosas.



O Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) chegou a classificar a distração por redes sociais. De acordo com o órgão, a 80 km/h, quando o motorista desvia o olhar para enviar uma mensagem no WhatsApp é o mesmo que dirigir de olhos vendados por um percurso equivalente a um campo de futebol oficial, de um gol ao outro.
Pedestrian Accident Man Using A Phone While Driving A Car
Distração com o uso do celular ao volante pode provocar atropelamentos
Crédito: iStock



“Pesquisas feitas com ressonância magnética mostraram limitações em nossa capacidade cerebral de desempenhar mais de uma função. O ato de dirigir ocupa os neurônios, mas se há demanda de uma segunda atenção, como o celular, o cérebro não acompanha, não duplica sua capacidade neuronal”, alerta Flavio Adura, diretor Científico da Abramet, Associação Brasileira de Medicina de Tráfego.
Outro estudo, desta vez da Organização Mundial da Saúde (OMS), revela que o risco de um acidente de trânsito aumenta em até 400% quando se dirige usando o telefone celular. E levantamento do NHTSA, o principal órgão de segurança viária dos EUA, feito em 2016, revelou que 3.450 pessoas morreram em acidentes causados por distração com o aparelho.
Trânsito brasileiro mata mais que guerra
No Brasil, onde o trânsito mata mais em um ano do que guerras inteiras, tal impacto tende a ser maior. O país está entre os cinco no mundo com mais fatalidades em acidentes de automóveis. Por ano, são entre 45 mil e 55 mil vítimas fatais nas vias e rodovias brasileiras.
Porém, esses números consideram apenas as mortes no local do acidente. Estudos de universidades apontam que a quantidade de óbitos no trânsito no Brasil pode passar dos 80 mil anualmente. Para efeito de comparação, os quatro anos de Guerra da Bósnia (que teve episódios de genocídio de civis) registraram entre 150 mil e 200 mil mortes.
Multa
Além do risco de acidentes, o uso do celular ao volante é proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro. A infração gravíssima é passível de multa R$ 293,47 e da perda de 7 pontos na CNH.

A falta de fiscalização e número insuficientes de agentes de transito também contribui para o aumento do uso dos smartphones na trânsito.


Redação: Radio e Jornal A Voz do Povo.

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Direção: Jornalista Marcio Carvalho. 

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