Uma aluna do colégio Elite diz ter sido de vítima de importunação sexual em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
A vítima tem 15 anos e foi colocada em ensino remoto depois de denunciar um colega de classe, de 14 anos, em agosto. O caso foi registrado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Duque de Caxias.
Segundo a estudante, ela estava com a cabeça baixa, esperando o próximo professor chegar, quando sentiu uma mão na sua cabeça. Ela pensou que era sua amiga, que estava sentada na cadeira do lado.
O susto começou quando a mão desceu por dentro do uniforme e passou no peito da menina. Segundo a vítima, ela se levantou em estado de choque e foi para o banheiro acompanhada de uma colega de classe.
“Eu vi quando ele tirou a mão de dentro da blusa dela”, afirma uma testemunha. Uma outra aluna, que estava sentada junto com a vítima, conta que viu o que aconteceu e aconselhou que ela denunciasse para a coordenação da escola. Com medo, ela só contou dias depois.
“Ela chegou em casa estranha, não queria comer e começava a chorar do nada. Eu cheguei a trocar de turno no serviço para ficar mais próximo dela, ela só me contou três dias depois”, contou o pai da adolescente. Segundo o responsável, a aluna foi colocada em ensino remoto como solução para a situação.
Na última segunda-feira (27), a escola teria suspendido as aulas online e exigido o retorno presencial.
“Eu fiquei mais abalada ainda quando a escola disse que não podia fazer nada”, relata a vítima. Ela está fazendo acompanhamento psicológico depois de ter crises de ansiedade. “Eu não aguento mais viver com esse peso. Eu me sinto culpada”, afirma.
Agora, a família e a vítima pedem na Justiça que ela tenha o direito de voltar a estudar.
Em nota, o Elite disse que está colaborando com as autoridades frente à denúncia e oferecendo suporte à aluna e aos familiares dela. O colégio afirmou que não está mais autorizado a oferecer ensino remoto, mas que convidou os responsáveis para discutir um formato que assegure o bem-estar da estudante, com "acesso a odas as atividades avaliativas sem acarretar em prejuízos acadêmicos".
A escola ainda reforçou que repudia qualquer tipo de violência e que "atitudes como essas ferem os valores do Elite e não podem ser aceitas em hipótese alguma".
Redação: Radio e Jornal A Voz do Povo.
Direção: Jornalista Marcio Carvalho.
Postar um comentário