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Criminosos cortam cabos de internet para impor serviço ilegal a moradores

Moradores do conjunto habitacional Ipase, em Vila Kosmos, na Zona Norte, estão há duas semanas sem internet porque criminosos cortaram os cabos. 

De acordo com as operadoras, não é possível fazer os reparos na rede por falta de segurança para os técnicos. Em função disso, as pessoas acabam se sentindo obrigadas a contratar o serviço ilegal oferecido pelos bandidos.

Segundo testemunhas, na sexta-feira (19) um grupo vestido de preto, encapuzado e armado invadiu o conjunto habitacional e agrediu um morador. Cerca de 20 homens cortaram todos os cabos de telecomunicação do Ipase.

No fim de semana seguinte, começaram a panfletar um serviço de telefonia e TV a cabo oferecido por esse grupo.

"Eles entraram em todas as ruas, fortemente armados e se concentraram num campo de futebol. Quebraram as câmeras que estão nas ruas, parece que bateram num rapaz em uma das ruas, alegando que ele tinha contato com milícia, enfim, ali dentro nunca teve milícia. Nós nunca pagamos nada pra ninguém. Sempre entramos e saímos livremente. Nunca se pagou nada para ninguém ali dentro", contou um morador.

Criminosos cobram R$ 44,90

O serviço legal de uma empresa de telefonia móvel custa entre R$ 200 e R$ 300, enquanto o serviço ilegal oferecido pelo grupo criminoso custa R$ 44,90. Mas não há qualquer garantia da prestação do serviço.

"Sem internet, sem sinal de televisão, deixado de estudar, deixando de fazer múltiplos trabalhos que fazem muita diferença e sem a previsão de quando isso vai retornar. Então, é um serviço que a gente paga, fica de mãos atadas, sem saber o que fazer, e as empresas também estão se sentindo de mãos atadas. Tem sido uma situação muito complicada, uma aflição enorme. As pessoas não sabem o que fazer, para quem recorrer, quem pode resolver", contou uma moradora.

O Sindicato das Empresas de Telefonia disse que somente no ano passado, no Rio de Janeiro, foram furtados mais de 500 mil metros de cabos de telecomunicações.

A operadora que atua no condomínio justificou a ausência dos reparos na rede. Por mensagem, informou que a região enfrente problemas de segurança pública. Que as equipes técnicas estão impossibilitadas de entrar na região e prestar qualquer atendimento em razão de ameaças físicas aos técnicos.

Disse ainda que essa situação foge do controle da empresa. E reforçou: não há previsão de normalização do serviço.

A Polícia Civil disse que a Delegacia de Repressão a Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) está investigando a situação em Vila Kosmos.

"Para possibilitar esse empreendimento criminoso eles vandalizam as caixas de distribuição, os cabos de fibra ótica das empresas autorizadas, que operam legalmente naquela região e quando os técnicos vão aos locais para realizar os reparos, são ameaçados, e o serviço permanece interrompido. Dessa forma, o morador acaba não tendo outra alternativa a não ser contratar o serviço dessas empresas que estão ligadas a essas organizações criminosas", disse o delegado Ricardo Carraretto, destacando que Polícia Civil está atenta a essas denúncias e empenhada em desarticular essas organizações. 

Redação: Radio e Jornal A Voz do Povo.

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Direção: Jornalista Marcio Carvalho.

   

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