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Voluntários coletam doações para comunidade de Belford Roxo.

Um grupo de, pelo menos, 15 pessoas têm se mobilizado para ajudar com doação de cestas básicas e materiais de limpeza as pessoas que necessitam em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. 

Com o nome de “Mais por Nós”, o voluntariado começou durante o primeiro ano de pandemia, mas tem ajudado as vítimas das enchentes em Belford Roxo, em Petrópolis, e também fizeram uma ação de páscoa para crianças da favela Sem Terra, em Belford Roxo, no último domingo.


O “Mais por Nós” é coordenado por duas amigas, as estudantes universitárias Hellen Freitas, de 22 anos, e Rayane Pereira, também de 22, ambas moradoras de Belford Roxo. Segundo Hellen, a articulação do grupo partiu de Rayane e hoje elas coordenam juntas uma equipe que recolhe doações de alimentos e de dinheiro em espécie ou por meio depix para comprar cestas básicas e distribuir, regularmente, a 120 famílias do Sem Terra.


Logo no início do projeto havia 25 famílias cadastradas para receber as doações, o número foi crescendo sucessivamente e passou para 50, depois 70, até as 120 atuais. Mas nem sempre, devido à baixa de doações, o grupo consegue atender todas as famílias todos os meses. Nesse caso, a prioridade é de famílias que tenham crianças ou idosos, e as doações são reorganizadas para o mês seguinte.


— O projeto começou no início da pandemia. Pensamos em fazer alguma coisa, porque tem muita gente desempregada. No começo, a gente ia de porta em porta nos bairros pedindo alimento para montar a cesta básica — conta Hellen, que diz que percorreu os bairros Santa Amélia, Barro Vermelho e São Bernardo em busca de doações.


O grupo resolveu então concentrar as doações na comunidade Sem Terra, mas com as enchentes provocadas pelas fortes chuvas em Petrópolis e em Belford Roxo recentemente, o “Mais por Nós” também recolheu doações para as vítimas da emergência climática.


— O Sem Terra é um lugar muito precário e as famílias precisam muito. É um lugar que nem existe no mapa, não tem registro. Com as enchentes a gente precisou ampliar as doações. As áreas mais afetadas foram Babi, Santa Maria e São Bernardo, e a gente concentrou ações nesses lugares. Fizemos divulgação nas redes sociais para arrecadar material de limpeza e alimentos de consumo imediato — conta a estudante.


Ela calcula que foram distribuídas 25 cestas básicas e 85 kits de limpeza para aproximadamente 150 vítimas da enchente em Belford Roxo, além disso o grupo também fez doações a pontos de acolhimento levando alimentos como legumes, e itens de higiene pessoal como fraldas infantis e geriátricas.


A proposta do “Mais por Nós” é ampliar a atuação na favela para formar uma rede de apoio à comunidade com atividades como rodas de conversa que levem debates aos adolescentes com temas como masculinidades, por exemplo. Para isso, o grupo planeja um calendário de eventos para que essas discussões possam acontecer, pelo menos, uma vez por mês.


— O projeto é totalmente independente. São jovens do próprio bairro querendo fazer alguma coisa para ajudar. E a gente tem feito ações de dia das crianças, já fizemos rodas de conversa com mulheres. A gente quer ser uma rede de apoio para a comunidade — afirma Hellen.


No último domingo, quando se comemorou a páscoa, o grupo fez a distribuição de chocolates e ovos de páscoa para 138 crianças da favela. A ação foi possível a partir de uma campanha nas redes e da contribuição de uma voluntária que se dispôs a preparar e doar os ovos de páscoa.


Retorno e inspiração:


Para Hellen, o intuito do “Mais por Nós” é fazer com que crianças e adolescentes percebam que há possibilidades e perspectivas diferentes para suas vidas:


— A intenção do projeto é isso: além de levar cesta básica, levar apoio e cuidado da forma que a gente pode. Fazer com que se sintam pessoas importantes e que merecem atenção. É importante que haja essa rede de apoio, e a gente tenta ser isso — afirma a jovem estudante de psicologia.


Segundo ela, a fonte de inspiração para o projeto é o rapper Emicida.


— Ele sempre fala que a gente precisa fazer mais por nós, no sentido de que precisamos ser nossa própria rede de afeto e de acolhimento. Não adianta a gente estudar, aprender e ser uma potência fora da nossa comunidade. A gente precisa ser para a nossa comunidade — justifica.


Para doar para o projeto é possível entrar em contato com os organizadores através da página no Instagram: @mais.por.nos. 



Redação: Radio e Jornal A Voz do Povo.

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Direção: Jornalista Marcio Carvalho.

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