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Família de Nova Iguaçu que perdeu eletrodomésticos e móveis em vazamento de adutora.

Sem ventilador, geladeira e fogão, a doméstica Samara Silva, de 27 anos, e o pedreiro Daniel Lemos, de 39, ainda esperam que os prejuízos que tiveram após o rompimento de uma adutora no bairro Cabuçu, em Nova Iguaçu, há quase um mês, sejam enfim cobertos. 

Com um filho de 2 anos, outra de 5 e à espera de um novo bebê, eles tiveram a casa invadida pela enxurrada e perderam quase tudo. Até hoje, segundo Samara e Lemos, não houve ressarcimento pela empresa Águas do Rio, responsável pelo canal.

Além dos eletros, Samara lista outras perdas: a televisão queimada; um móvel da sala, que ficou em pedaços; o colchão onde dormiam os dois filhos, que de tão molhado precisou ir para o lixo; e o sofá e a cama de casal, que ainda estão úmidos por causa do alagamento. Com menor valor, mas de igual importância, ela também colocou na lista os três sacos de cimento que estavam comprados para dar início a uma obra na casa para dar mais conforto ao bebê que está para chegar.

Compramos o cimento e íamos começar a fazer a obra, aumentar a cozinha, fazer o quarto das crianças, mas veio isso e acabou com tudo. Agora estamos sem previsão. É muito ruim. Ainda mais sem trabalhar — lamenta Daniel.

Morador do bairro há 12 anos, ele conta que o rompimento já aconteceu outras quatro vezes, mas que na de dezembro do ano passado a foi pior. O endereço da adutora fica a quase 7km da casa, e mesmo assim o local ficou alagado. Outras famílias tiveram o quintal inundado, mas sem prejuízos maiores. A casa de Samara e Daniel foi a mais prejudicada. O quintal ainda tem um acúmulo de água, que foi piorado pela chuva das últimas semanas.

Samara explica que a solução foi ir para a casa da sogra, que mora em frente ao endereço dela. Ela diz que sia própria casa só serve para dormir:

— A gente faz tudo na casa dela. Que bom que temos essa possibilidade, mas o ideal é a nossa casa. Temos filhos pequenos. É péssimo ter que fazer tudo lá e vir para cá. Fora que estou grávida e fico cansada rápido. No calor que está fazendo, fico ainda mais, sem nenhum ventilador, cheio de mosquito.

Casal nega ter sido procurado por equipes da prefeitura

Na época do rompimento da adutora, a Prefeitura de Nova Iguaçu, por meio da Secretaria de Assistência Social e a Guarda Ambiental e da Defesa Civil, disseram que foram ao endereço para prestar auxílio aos moradores afetados. O casal negou ter recebido qualquer ajuda. Segundo eles, somente a equipe da empresa Águas do Rio foi ao local, mas só voltou uma vez, e sem qualquer prazo para o ressarcimento dos prejuízos causados.

— A sensação é péssima. Ninguém nos ajuda. Passamos o Natal e o ano novo sem nada dentro de casa. Vamos ficar mais quanto tempo assim? — questionou Samara.

Procurada, a Prefeitura de Nova Iguaçu afirmou que esteve no local para o encaminhamento de documentação e distribuição de cesta básica, colchonetes e kit limpeza. Das cerca de 30 famílias, ainda segundo o município, apenas uma solicitou cesta básica, rodo e balde, e somente uma pessoa foi encaminhada para um dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).

Já a concessionária Águas do Rio informou que o inventário já foi encerrado e o processo de ressarcimento encontra-se em finalização, mas não deu um prazo para Samara e Daniel. 

Redação: Radio e Jornal A Voz do Povo.
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Direção: Jornalista Marcio Carvalho.

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