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Primeiro piloto estrangeiro a levantar bandeira do Brasil no grande prêmio de Fórmula 1.

 SÃO PAULO - "Ainda não acabou", disse Lewis Hamilton no rádio da equipe Mercedes no sábado, se referindo aos problemas que enfrentou no final de semana em Interlagos. 

As palavras proféticas se concretizaram neste domingo com uma vitória espectacular do inglês no Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1.

Após largar da 10ª posição - fruto de duas punições sofridas desde sexta-feira -, Hamilton se recuperou, galgou posições no início da corrida e superou o rival Max Verstappen nas voltas finais para vencer no Brasil e reduzir a distância na classificação do campeonato.

Restando três corridas para o final da temporada, o inglês baixou a diferença do holandês na liderança do Mundial de Pilotos para apenas 13 pontos.

Ao sair do carro, Hamilton subiu no guard-rail e saudou o público em Interlagos com uma bandeira brasileiras nas mãos, cena comum na F1 em tempos passados. A torcida entendeu o gesto e respondeu aos gritos de "Sennaaa! Sennaaa!".


- Que corrida! Obrigado, Brasil. Foi inacreditável o apoio que recebi neste final de semana. Recebo tudo com muita humildade - disse Hamilton antes de subir ao pódio.

Hamilton teve um final de semana de montanha-russa. A primeira punição veio na sexta-feira, por trocar componentes do motor de sua Mercedes, que lhe rendeu a perda de cinco posições.

A segunda no sábado, quando comissários de prova detectaram uma irregularidade na asa móvel do carro do britânico. Isso o levou a largar na última posição na sprint race.

Partindo de vigésimo na corrida curta classificatória, o britânico fez uma bela prova de recuperação, pulou 15 posições e terminou a sprint race em quinto lugar.

Assim, por causa da primeira punição, saiu na 10ª posição no grid neste domingo. E confirmou a recuperação ao conquistar sua 101ª vitória na Fórmula 1.

Os dois líderes do campeonato tiveram uma largada de sonho. Verstappen ultrapassou Valtteri Bottas na primeira curva e assumiu a primeira posição. Já Hamilton pulou do décimo para o sexto lugar na primeira volta.

Na sétima volta, quando o safety car entrou na pista após um pequeno acidente entre Yuki Tsunoda e Lance Stroll, o britânico já estava em terceiro, atrás apenas de Verstappen e de Sergio Pérez.

O ataque de Hamilton em busca da segunda colocação veio na 18ª volta. O piloto da Mercedes ultrapassou Pérez por fora no final da reta dos boxes, e levou o troco, também por fora, na descida do lago.

Na volta seguinte, o britânico voltou à carga sobre o mexicano, ultrapassou na reta principal e dessa vez abriu vantagem na sequência, sem dar chance de perder mais a posição.

Após Verstappen e Hamilton permaneceram em uma distância entre 2 e 3 segundos durante várias voltas, o aguardado encontro entre os dois líderes veio apenas na 47ª volta, após paradas nos boxes.

Hamilton encostou perto do lago, abriu a asa e chegou a iniciar a ultrapassagem. Verstappen forçou o traçado para o lado, e a Red Bull e a Mercedes acabaram saindo da pista por um tempo.

O incidente chegou a ser investigado pela direção de prova mas, após algumas voltas de expectativa, nada foi detecado de irregular e o jogo seguiu.

Na 59ª volta, no entanto, não foi possível segurar. Hamilton tentou um primeiro ataque na reta dos boxes, encostou de vez, abriu a asa na reta oposta e fez a ultrapassagem por fora antes da curva. Daí para diante, manteve o posto.

Agora com 332,5 pontos na liderança, contra 319,5 pontos de Hamilton, Vestappen tem as três últimas etapas do ano - Qatar, Arábia Saudita e Abu Dhabi - para faturar o primeiro título de sua carreira.

Caso isso ocorra, o piloto de 24 anos da Red Bull quebraria a hegemonia de quatro títulos seguidos de Hamilton e de sete consecutivos da Mercedes.

Além disso, o holandês se tornaria o primeiro campeão nascido fora da Inglaterra e da Alemanha desde 2007, quando o finlandês Kimi Raikkonen levou o campeonato.

Um título de Verstappen ainda impediria Hamilton de levantar o seu oitavo troféu, que o isolaria como o maior campeão da história da Fórmula 1, à frente do heptacampeonato do alemão Michael Schumacher.

Antes da corrida, o CEO do GP São Paulo, Alan Adler, revelou que há planos para ampliar a capacidade do autódromo de Interlagos para o ano que vem.

- Estamos conversando com o governo e a prefeitura para estudar como realizar essa ampliação. Temos muitos apaixonados por Fórmula 1 no Brasil, não faz sentido o público daqui ser menor do que o do México, ou mesmo o dos Estados Unidos - declarou Adler, durante coletiva com a participação do governador João Doria, o prefeito Ricardo Nunes e o chefão da F1, o italiano Stefano Domenicali.

- Temos potencial, estamos em crescimento. Nosso público de sábado foi maior que o de domingo de 2019 - completou Adler.

Com o contrato da etapa brasileira renovado por cinco anos, renováveis por mais cinco, os organizadores do GP São Paulo têm atuado em conjunto com a cúpula da F1 para implantar outras novidades no evento.

- Interlagos faz parte da história da Fórmula 1. Mas não só da história, faz parte do futuro também. Estamos conversando para avaliar o que podemos implementar para o ano que vem - explicou Domenicali.

Redação: Radio e Jornal A Voz do Povo.

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Direção: Jornalista Marcio Carvalho.




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