Acompanhantes ficaram inconformados com a falta de atendimento na unidade e destruíram equipamentos e computadores. UPA da Cidade de Deus e CER da Barra da Tijuca também foram vandalizados.
Inconformados por não conseguirem atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio, pacientes depredaram a unidade. O caso aconteceu no fim de semana.
Segundo testemunhas, dois acompanhantes se revoltaram e começaram a quebrar tudo. Equipamentos e computadores acabaram destruídos.
A Fundação Saúde afirmou que um controlador de acesso e um médico foram agredidos - os agressores aparentavam estar bêbados.
Pacientes afirmam que estão sem atendimento há pelo menos um mês.
"Estou com uma dor horrível, horrível. Não tem médico nenhum, ninguém para te atender e te darf uma injeção. Uma médica que estava na unidade foi embora porque estava resfriada, mas não mandaram nenhuma para substituí-la. Isso aqui sempre é assim", descreveu a aposentada Sueli Damasceno.
A Fundação Saúde que profissionais têm se recusado a trabalhar na unidade por causa da violência na região. No entanto, negou que tenha havido paralisação do atendimento no domingo (28).
Na manhã desta segunda-feira (29), pacientes tiveram problemas.
"Tem uma senhora dentro da unidade que chegou às 4h e está com pressão alta, passando muito mal. É uma situação absurda., Não só para mim, mas para todos", lamentou Sueli.
No dia 14, a dona de casa Maria da Cruz procurou a unidade para ela e para o marido - não conseguiu atendimento para nenhum dos dois.
Nesta segunda, tentava a consulta de um pediatra para o filho. Mais uma vez, não teve sucesso.
"Fomos a cinco unidades de saúde. Ele não conseguiu ser atendido em nenhuma. Voltamos para casa sem atendimento. Tentamos agora, mais uma vez, o atendimento pediátrico na UPA de Ricardo de Albuquerque e, novamente, não conseguimos. Disseram que o atendimento está restrito. Restrito a quê?", questionou.
Redação: Radio e Jornal A Voz do Povo.
Direção: Jornalista Marcio Carvalho.
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