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Teleférico da providência poderá voltar a operar, confiram.

 Sentença obriga a prefeitura do Rio à voltar com funcionamento do teleférico da providência.


Inaugurado pela prefeitura em julho de 2014, com capacidade para transportar mais de mil passageiros por hora, fazendo a ligação entre da Central, por um lado, e a Gamboa, por outro, com o alto do morro, numa viagem de apenas cinco minutos, o Teleférico da Providência parecia ser a solução para os problemas de locomoção dos moradores da comunidade. O sonho durou pouco. Desde dezembro de 2016, com o fim do contrato com a Porto Novo, empresa que detinha a concessão, o sistema parou de funcionar e segue sem previsão de se reativado. Desde então o que se vê é o abandono.

A prefeitura alega que o teleférico da Providência foi construído na gestão anterior e que pretende fazer uma licitação “assim que forem viabilizados os recursos” para a manutenção do sistema, cujo custo atual é de R$ 1,4 milhão por mês. A obra custou R$ 75 milhões. Enquanto isso, na estação que fica na Central, as paredes estão tomadas por pichações e o acesso à entrada principal está bloqueado por bancas de camelôs.

No seu entorno o cheiro de urina é insuportável. Dentro da parada não havia nenhuma vigilância nesta sexta-feira. Várias latas de cerveja vazias e dois sacos de carvão — um quase cheio e outro vazio — sugerem que o local possa estar sendo utilizado como depósito. Até o letreiro está desgastado.

— É dinheiro jogado fora. Em vez de beneficiar a população está deteriorando — reclama o ambulante Rodrigo da Silva, de 26 anos, morador em Duque de Caxias.

O rapaz, cuja banca fica junto a grade lateral da estação contou que ele e os colegas costumam se cotizar para pagar a capina do terreno do teleférico para evitar que o mato atraia insetos, como mosquito. Ele diz que vigilância ali só é vista de vez em quando. Moradora na providência, a também ambulante Maria José Lima, de 73 anos, lembra que ela e seus colegas trabalhavam no espaço onde hoje está a estação. 
— Fomos retirados após um incêndio e nunca mais nos deixaram voltar. Depois construíram a estação e o teleférico que ninguém usa — reclama.
No alto do morro, a Estação Américo Brum só não está em estado pior porque é usada como base pelos policiais militares da UPP da Providência. Moradores reclamam do abandono da estrutura e lembram com saudade do tempo em que naquele espaço havia uma quadra de esportes.

— O pessoal se encantou com um fantasia futurista, que de fato ia ser um marco importante para a comunidade. Só que para isso perdemos a nossa quadra, onde tinha campeonatos nos fins de semana. Perdemos nossa área de lazer achando que íamos ganhar um teleférico, mas o que sobrou mesmo foi esse elefante branco — se queixou morador Diego de Deus da Conceição, de 30 anos. 

Hoje a única forma que os moradores têm para chegar na parte mais alta do morro, que tem ruas e ladeiras íngremes, são as Kombis e mototáxis. Comerciantes que sonhavam ver os lucros se multiplicarem com a chegada dos turistas que o teleférico levaria para o morro amargam prejuízo.

No mirante do teleférico, o Bar da Jura — a única coisa que funciona no local — vivia cheio e servia uma concorrida feijoada às sextas-feiras, no curto período em que o teleférico funcionou. Hoje vive às moscas. Até o quadro de funcionários composto por quatro pessoas foi reduzido a apenas uma. O local tem um bela vista da Baía de Guanabara e da Ponte Rio-Niterói. 

Dono de um bazar vizinho, o comerciante José Gomes, de 70 anos, diz ter raiva do empreendimento:

A Justiça através da ação popular movida pelo Dr Alan Chagas, Dr Luis Aberto Nogueira e Junior Cruz, Obrigará a volta de imediato do funcionamento do teleférico na região.

 Redação: Radio e Jornal A Voz do Povo.

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Direção: Jornalista Marcio Carvalho. 

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