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Belford Roxo é a cidade com maior letalidade na Baixada.

Quatro cidades da Baixada Fluminense estão entre as 30 mais vulneráveis ao coronavírus no país

Um estudo da Fundação Perseu Abramo acende um sinal de alerta em quatro municípios da Baixada Fluminense. Segundo a pesquisa, São João de Meriti (1°), Nilópolis (4°) e Belford Roxo (9°) aparecem na lista das dez cidades brasileiras mais vulneráveis ao alastramento do coronavírus. Se consideradas as 30 primeiras, surge Mesquita, na 21ª posição. 
O géografo e cientista de dados Ronnie Aldrin Silva, que liderou o estudo, indica dois fatores que explicam esse protagonismo da região.

— Essas quatro cidades têm uma alta densidade demográfica, o que facilita muito a disseminação. Outro aspecto típico é o alto índice de informalidade no mercado de trabalho. Por mais que sejam implantadas medidas de isolamento social, esses profissionais precisam sair para trabalhar, como forma de sobrevivência — frisa Ronnie.

O Índice de Vulnerabilidade Municipal ao Alastramento do Coronavírus (IVC), criado pelo géografo, procura identificar o quão vulnerável cada município brasileiro está a um maior alastramento da Covid-19. Foram considerados cinco aspectos: densidade demográfica, faixa etária, infraestrutura sanitária, saúde e mercado de trabalho. Os cálculos usam a mesma metodologia do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), da ONU: quanto mais próximo de zero, pior o resultado.

Em Belford Roxo concentra a maior taxa de letalidade do RJ
A cidade de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, tem a maior taxa de letalidade de Covid-19 em todo estado do Rio, de 15,22, bem mais alta que a média estadual, de 10,89.

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria estadual de Saúde do Rio, o município tem 711 casos do novo coronavírus e 101 óbitos pelo vírus, esse números poderiam está reduzido se o Prefeito Waguinho que anunciou 208 leitos no mês de março, realmente existisse e fossem equipados com respirados com exigido pela OMS, andando na contra mão o prefeito gastou 11 milhões em concreto que estão sendo distribuídos pelos pré candidatos ligados ao PREFEITO com publicado nas redes sociais.

A cidade de São João de Meriti tem uma taxa de letalidade de 10,16%, mesmo apresentando 20% a mais de casos que Belford Roxo.

São João de Meriti, com 836 casos confirmados e 81 mortes, segundo a Secretaria estadual de Saúde, ocupa o posto de cidade mais vulnerável do país com um IVC de 0,437. Ronnie explica que as “precárias condições no mercado de trabalho local” e o alto adensamento populacional colocaram o município nessa situação. Já Nilópolis, que aparece em quarto lugar, com IVC de 0,483, conta ainda com mais uma fragilidade: faixa etária mais elevada:

— A idade média da população de Nilópolis é maior que a de boa parte dos municípios brasileiros. Sendo assim, as pessoas são mais frágeis e propensas a se contaminarem mais gravemente. O ideal para essa cidade seriam políticas públicas que impedissem os idosos de irem às ruas, como, por exemplo, um programa simples de entrega de alimentos ou de remédios para que fiquem em casa.

Em um dos municípios, letalidade supera a taxa estadual

Belford Roxo, nona colocada, apresenta uma taxa de letalidade de 15,22 para a Covid-19, bem mais alta que a média estadual, de 10,89, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria estadual de Saúde do Rio. Para se ter uma ideia, São João de Meriti, que tem quase 20% a mais de casos que Belford Roxo, carrega uma taxa de letalidade de 10,16. Esses dados, segundo Ronnie, é uma das razões para o destaque do município na lista.

Ao longo da última semana, o EXTRA flagrou muitas pessoas circulando em ruas e em praças públicas de Belford Roxo.

— São João de Meriti tem mais casos da doença, mas morre-se menos lá. O percentual de mortes dentro do número de infectados é muito alto em Belford Roxo, quase o dobro do índice considerado normal. Além disso, mesmo a população de Belford Roxo, em média, sendo mais jovem do que a de São João de Meriti, o número de mortes lá é maior: são 86 na primeira e 69 na segunda — explica o pesquisador, citando os dados divulgados pela secretaria estadual.

Das trinta cidades constantes do estudo, sete são do estado de São Paulo, seis do Amazonas, cinco do Rio de Janeiro (sendo quatro da Baixada e mais São Gonçalo, na Região Metropolitana), quatro do Ceará, três de Minas Gerais, duas do Pará, uma do Acre, uma da Paraíba e uma de Pernambuco. No outro extremo da análise, a pequena cidade de Gavião Peixoto, em São Paulo, apresenta o melhor ICV do país, se destacando positivamente na prevenção ao vírus.

Prefeituras enumeram as suas ações de combate

A Prefeitura de Nilópolis apontou, em nota, ações de higienização das ruas, fiscalização do comércio, uso obrigatório da máscara, interdição do Calçadão da Mirandela, suspensão das aulas, alertas nas redes sociais e fechamento do Parque Municipal do Gericinó e da Vila Olímpica por tempo indeterminado. Ainda segundo a prefeitura, o sistema de saúde atende “com facilidade a toda demanda”, com 27 leitos vagos e a possibilidade de ampliar o Centro de Triagem Covid-19.

Já a prefeitura de São João de Meriti dispõe de 12 leitos de UTI vagos no Hospital Municipal e outros dois de enfermaria no Posto da Vila São João. Além disso, o município já solicitou aos governos federal e estadual a construção de um hospital de campanha na Vila Olímpica, à beira da Via Dutra. A cidade também fechou comércio não essencial, proibiu atividades culturais e implantou barreiras sanitárias nos limites do município e em nove pontos da cidade, com distribuição gratuita de máscaras.

A Prefeitura de Belford Roxo argumenta que ampliou os leitos de UTI, mas que todos já estão ocupados, e de tomografias para detectar o vírus imediatamente. Sobre a presença de pessoas nas ruas, explicou que ‘‘faz campanha de conscientização pedindo à população que fique em casa’’, além de ter distribuído quase 50 mil máscaras.

Por sua vez, Mesquita cita a política pública de saúde como sendo referência para outras cidades, com dois polos de atendimento exclusivo para a doença. A prefeitura pretende abrir três clínicas da família nos próximos dois meses.

Redação: Radio e Jornal A Voz do Povo.
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